quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Inveja, inveja, inveja quando não mata aleija

Boa Noite pessoal !
O tema desse post será inveja, esse sentimento que todos nós sentimos involuntariamente ou não e que dificilmente contamos para as pessoas ao nosso redor.
Mas primeiramente, eu queria definir a palavra "inveja", e para isso usarei um objeto muito útil em decifrar palavras chamado dicionário:
inveja
do Lat. invidias. f.,
misto de pena e de raiva;
sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem;
desejo de possuir aquilo que os outros possuem;
ciúme;
emulação, cobiça.
Bom, só por essa descrição já deu para perceber que não é algo bom de se sentir. Mas, então, por que será que tantas pessoas como nós possuem esse sentimento ?

A inveja pode vir de várias coisas: vontade de ter alguma roupa que não temos, vontade de possuir um carro que não podemos comprar, vontade de ter tanta grana quanto aquele primo distante, vontade de ter tantos amigos quanto algum conhecido nosso tem, vontade de ter um namorado igual ao da sua amiga, etc, etc, etc.
Uma coisa que acho que define bem essa palavra é a insatisfação com a nossa própria vida. Porque, se invejamos a vida do outro, é porque definitivamente a nossa não está suficientemente boa para nós. Mas aí que está, será que esse tal amigo não inveja nossa vida também ? Será que a vida desse amigo é tão boa quando pensamos ser ? E outra, muitas vezes, a inveja é um círculo vicioso. Você inveja seu amigo, seu amigo inveja outro amigo, que inveja outro, e outro, e assim por diante. Não podemos falar aqui que nunca sentimos inveja de alguém, porque, muitas vezes, ela vem de mansinho, camuflada, e só é percebida quando já nos tomou conta por completo, e que, na maioria das vezes, já causou bons estragos.

E não necessariamente invejamos pessoas que não gostamos. Na maioria das vezes as pessoas mais próximas são as que sentimos mais inveja. Só que ninguém para para pensar que a vida de ninguém é perfeita, por melhor que possa parecer. E as vezes, a vida daquela pessoa mais humilde, mais miserável, é bem mais feliz que a nossa. Mas então por que não invejamos a vida dessa pessoa miserável? Porque não queremos ter que nos esforçar para conseguir as coisas que queremos. E, com certeza, o miserável, para comprar um sanduíche que vai sustentá-lo durante a semana toda, teve que catar não sei quantas mil latinhas de refrigerante nas ruas. Mas na maioria das vezes nós não enxergamos que a felicidade não precisa vir de coisas materiais, de quantos carros você tem na garagem ou quantos mil pares de sapato você tem no armário. Ela pode vir de coisas simples, como por exemplo ajudar alguém que precisa, ou ver a alegria do seu amigo quando te vê depois de um longo período ausente. Pode vir do carinho que você recebe da sua família, ou então da lambida que seu cachorro em seu rosto quando você está triste.

E isso mais uma vez será motivo de inveja de muitas outras pessoas, porque, talvez sem perceber, você conseguiu a felicidade que ele tanto procurou.

Triste isso né? Seria tão bom se pudéssemos gostar da vida que temos, se pudéssemos ser feliz com ela! Mas nossa sociedade não consegue perceber a quantidade de coisas boas que tem ao seu redor, e sempre vai querer as coisas que não tem. Talvez seja hora de pararmos para pensar e valorizar o que temos, ao invés de ficar nos lamentando a vida toda pelo o que não conseguimos ter.

Duda

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